Brasília / DF - quinta-feira, 02 de maio de 2024

Consulta Ginecológica da Mulher Homossexual: Há Diferenças?

Consulta ginecológica com profissional LGBT friendly - informação às(aos) pacientes:




Estudos evidenciam que lésbicas menos frequentemente vão ao ginecologista.


Diversos motivos são apontados para essa evitação: medo de sofrer comentários preconceituosos, receio da reação do ginecologista, achar que não necessitam ir (já que não necessitam de métodos contraceptivos), achar que não necessitam fazer exames preventivos (coleta cérvico vaginal), achar que não existe o risco de contrair uma Doença Sexualmente Transmissível em uma relação homoafetiva.


Todas essas crenças contribuem para que muitas mulheres fiquem em situação de vulnerabilidade. Para agravar ainda mais o quadro, muitas vão ao ginecologista e não revelam sua orientação sexual, não tendo, portanto, suas demandas atendidas.


Pontos importantes:

·         Lésbicas devem fazer coletas preventivas como as heterossexuais e, caso necessário, a coleta pode ser realizada com espéculo de virgem (e caso não seja possível, cotonete) no caso da mulher ainda ter o hímen íntegro.

·         Mulheres que fazem sexo com mulheres podem contrair Doenças Sexualmente Transmissíveis, e elas são contraídas mais frequentemente pelo compartilhamento de objetos sexuais e pelo ato sexual durante o período menstrual.

·         Casais homossexuais têm direito a informação sobre técnicas de reprodução assistida para ter filhos.

·         Muitas mulheres não têm apoio familiar em relação a sua orientação sexual e o stress causado pelo estigma e preconceito social pode levar a situações como: maior frequência de tabagismo, uso de álcool em excesso, depressão, ansiedade, sobrepeso e uso de drogas. Nessas situações, a busca de ajuda médica ou psicológica é de fundamental importância.


Toda pessoa tem direito a um atendimento digno e livre de preconceitos. Infelizmente, nem sempre essa é a realidade de muitos serviços de saúde e profissionais que prestam atendimento médico, por esse motivo, mulheres devem buscar  profissionais "LGBT friendly".